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Influenciadores

Dicas, partilha de experiências e best practices sobre blogging e influenciadores digitais

30.Jul.19

Entrevista Maria João Proença: Blog Joland

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Maria João Proença descobriu que era realmente feliz de mochilas às costas, viajando sozinha ou acompanhada, em busca de novas paisagens, culturas e pessoas. Deixou para traz a estabilidade financeira e um emprego no mundo corporativo para partir à aventura. É no Joland que partilha dicas, roteiros, crónicas e destinos que a marcaram, inspirando outras mulheres a partir neste tipo de aventuras sozinhas. 

Nesta entrevista partilhou connosco mais sobre o seu percurso, organização tanto das suas viagens, como do seu blog e ainda conselhos para viajantes e bloggers. 

 

Conte-nos mais sobre a Jo e como o seu percurso culminou no Joland.

No Joland sou a Jo, cá “fora” sou a Maria João, MJ, Mary, Mary Jo...  Lisboeta, 36 anos, com a mania que é independente desde pequenina quando se aventurava sozinha para todo o lado. Este sentido de independência estendeu-se durante toda a minha vida levando-me a abandonar uma situação profissional estável em 2015 para abraçar um novo estilo de vida, mais flexível, que me permitisse viajar com total liberdade.

A minha primeira viagem a solo, pelo Vietname e Laos, nesse mesmo ano, levaram-me a ter a coragem de tomar essa decisão, optando por seguir um caminho que, apesar de mais instável a nível financeiro e profissional, me traria um maior equilíbrio e bem-estar emocional. Foi nessa altura também que surgiu o Joland, inicialmente como forma de manter amigos e família a par das minhas aventuras pelo mundo, que hoje em dia já alcança milhares de viajantes que o procuram pelas suas dicas de viagem e pelas histórias que lá continuo a partilhar sobre as minhas aventuras pelo mundo.

 

Na sua opinião, o que faz do Joland um bom blog de viagens?

Pelo feedback que tenho tido creio que seja pela forma prática como disponibilizo informação sobre os vários destinos que visito, e pelo tom informal que dou às crónicas que partilho sobre as minhas viagens. Dizem-me que ao lerem as minhas crónicas têm a sensação de me estar a ouvir contá-las em pessoa, e eu percebo isso já que é através da escrita que exprimo melhor a minha personalidade e essência. 

 

Como planeia as suas viagens?

Por vezes sou eu que escolho o destino e outras vezes é o destino que me escolhe a mim. Há alturas em que meto na cabeça um determinado destino e não descanso enquanto não for lá, outras vezes o destino escolhe-me, na medida em que acabo por decidir com base numa oferta de voo com preço especial ou porque alguém que conheço vai a determinado local e me convida para ir também. A partir do momento em que compro o voo tento pesquisar de forma a perceber quais os locais nesse destino que não quero mesmo perder. Tento obter também algumas informações práticas sobre a moeda, transportes ou melhores zonas para ficar, mas a partir daí gosto de deixar a viagem seguir o seu rumo, especialmente quando se trata de destinos onde planeio ficar mais tempo. Já foram tantas as vezes em que abandonei por completo um roteiro pré-planeado durante a viagem, que me levaram a hoje em dia ser mais flexível e deixar-me ir!

 

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Foto: Joland - Nusa Lembongan (Indonesia)

 

Partilha tudo sobre as viagens no blog ou deixa alguns pormenores apenas para familiares e amigos?

Eu faço questão de partilhar tanto as coisas boas como as coisas menos boas que me acontecem em viagem. Numa viagem nunca corre tudo bem e é isso que as torna tão especiais e na verdade… “perfeitas”! Esses momentos menos bons fazem parte da história e muitas vezes são os que nos deixam as recordações mais duradouras. Mas claro, há sempre um ou outro pormenor mais pessoal que guardo só para quem me é mais próximo.

 

Quais são os maiores desafios de gerir um blog de viagens?

Ter tempo para produzir conteúdo de forma regular. Este é um dos grandes desafios que tenho enfrentado. Tendo em conta que tenho outras ocupações profissionais que me tomam algum tempo, por vezes é difícil conseguir organizar-me para poder produzir mais para o Joland, mas tenho tentado fazer um esforço extra ultimamente e acho que está já a dar frutos!

Outro dos desafios é o de gerir a parte técnica associada a um blog. No meu caso fui eu que o desenvolvi desde raiz e que o mantenho a nível técnico (web design e SEO) sem ajuda. Isto obrigou-me e obriga-me a uma pesquisa constante e exaustiva para aprofundar os meus conhecimentos, o que me levou a tornar-me numa autodidata na criação de blogs em Wordpress!

 

Como consegue gerir o blog quando está em viagem? Mantém as publicações ou faz apenas quando regressa?

Eu tento manter as publicações quando estou em viagem, em particular as crónicas. Isto porque sinto que consigo transmitir melhor o que estou a viver se as publicar durante a viagem. Tenho os pormenores mais frescos e consigo passar de forma mais autêntica a experiência. Sim, rouba-me mais tempo e acabo muitas vezes por passar noites em viagem a escrever e publicar crónicas, mas acho que compensa.

 

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Foto: Joland - Amed (Indonesia)

 

Como faz a gestão do orçamento? Quais os seus conselhos para a gestão eficiente de um orçamento?

Eu sou muito cuidadosa com o meu orçamento em viagem. Tenho apps de controlo de despesas no meu telemóvel que me permitem gerir o orçamento diário, de forma a evitar sustos desnecessários ao olhar para a minha conta no regresso a casa, e defino sempre um 

valor máximo para a viagem toda.  No Joland tenho lá artigos sobre as melhores Apps de Viagem e sobre a gestão do orçamento em viagem que poderão ser úteis para quem procura mais informação sobre este assunto.

 

Se pudesse eleger o destino que mais a marcou, qual seria? Porquê?

Vietname, sem dúvida. Porque foi o primeiro país por onde viajei sozinha e que me ofereceu uma experiência tão boa a tantos níveis, que fez com que eu acabasse por mudar completamente a minha vida e as minhas prioridades. Fez-me uma pessoa bastante mais feliz do que era antes!

 

Que dicas gostaria de deixaria aos nossos leitores?

Não tenham medo de arriscar, seja em que área da vossa vida for. Quando queremos muito algo (seja viajar mais, viajarem sozinhos, mudar de profissão, mudar de estilo de vida…), parece que o Universo conspira para que isso aconteça. E acima de tudo, sigam o vosso instinto, ele tem sempre razão!

 

18.Jul.19

Entrevista Filipe Morato Gomes: Blog Alma de Viajante

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Natural do Porto, Filipe Morato Gomes já perdeu a conta a todos os países que visitou, mas seguramente ultrapassam uma centena. Em 2001 criou aquele que é o mais antigo e um dos mais premiados blogs de viagens em Portugal - Alma de viajante.  

Pedimos ao Filipe que nos contasse mais sobre o blog, as viagens favoritas e, como não podia deixar de ser, que nos deixasse conselhos tanto para futuros bloggers, como para organizar da melhor forma as viagens. 

 

Conte-nos mais sobre o Filipe e sobre o Alma de Viajante. Como e quando surgiu?

Comecei a viajar muito novo, com os meus pais. Os destinos eram sempre muito próximos e o orçamento reduzido, mas íamos. Lembro-me de fazer campismo selvagem na Serra do Soajo durante muitos anos; das viagens de VW Carocha para Vila Real de Santo António durante o verão; das férias na Zambujeira do Mar, já adolescente; e de uma incursão por Espanha e sul de França de carro e tenda de campismo.

Durante anos a fio, lembro-me também de ouvir histórias de viagem da boca do meu avô, episódios originários do transiberiano, das estepes mongóis, da Amazónia brasileira, enfim, dos quatro cantos do mundo. E talvez tudo isso me tenha despertado a curiosidade.

Depois comecei a viajar por conta própria, mas o embrião daquilo que viria a ser o Alma de Viajante nasceu apenas em 2001, tinha eu 30 anos. É curioso reler o que escrevi na homepage da primeira versão do Alma de Viajante:

“VIAJAR é um prazer, ESCREVER é um estado de alma, FOTOGRAFAR é uma paixão. Juntos, os três verbos formam a Alma de Viajante e este é o seu recanto na rede global. O recanto onde se junta a paixão de fotografar pessoas, culturas e lugares, a sede de escrever sobre tudo e sobre nada e a magia de descobrir o que o imenso planeta tem de belo e diferente.

Alma de Viajante não é mais do que uma partilha de momentos. De opiniões. Partilha de emoções e vivências. Umas publicadas, todas por prazer. O prazer pelo prazer. É um projeto pessoal esperançadamente sempre incompleto. Mas cada vez menos. Porque outras viagens se seguirão, outros negativos haverá para revelar, muitas letras para agrupar. Com alma. Com calma.”

Hoje, e apesar de entretanto o Alma de Viajante se ter tornado no meu trabalho, a essência é exatamente a mesma. Tanto escrevo textos tipo onde ficar em Londres como posts inspiracionais sobre viajar sozinho, mas a essência é a mesma - e está plasmada na assinatura que hoje utilizo: “Viajar. Partilhar. Inspirar.”!

 

Como é que o seu percurso profissional teve impacto no blog? Como foi a transição para blogger a full time?

É curioso perguntarem-me isso porque desde o início o Alma de Viajante agrega tudo o que eu sei fazer. Na prática, nos tempos livres de um emprego ligado ao multimédia fui usando as minhas competências profissionais nessa área - aliadas ao meu gosto por design e comunicação - para construir um site a que chamei Alma de Viajante.

O impacto do percurso profissional na criação do Alma de Viajante foi, por isso mesmo, brutal - como se naquele momento tudo encaixasse de forma perfeita (os conhecimentos de programação, a paixão pela escrita e pela fotografia, o gosto pelo design, tudo).

Dito isto, foi só em 2003, após perder o emprego, que decidi dar uma volta ao mundo e começar a viajar mais a sério. E essa decisão acabaria por mudar definitivamente o curso da minha vida.

No regresso da viagem, passados 14 meses, decidi que a escrita e a fotografia, através do Alma de Viajante, seriam o meu futuro. E foi nessa altura que fiz essa transição, ainda que os rendimentos fossem praticamente nulos durante muito tempo. E assim comecei a dedicar 14, 15, 16 ou mais horas por dia ao Alma de Viajante, tentando construir um espaço dedicado ao jornalismo de viagens que, à época, não existia em Portugal. Felizmente, sempre acreditei que daria certo, caso contrário teria desistido em inúmeras vezes ao longo do percurso.

Mais recentemente, criei também a Hotelandia, onde se divulgam bons exemplos da hotelaria portuguesa, mas nunca consegui ter o mesmo tipo de relação umbilical com a Hotelandia como com o Alma de Viajante.

 

Sente a responsabilidade por ter o mais antigo blog de viagens do país?

Não, de todo. Continuo a tentar ajudar pessoas a viajar mais e melhor e a inspirá-las a serem mais felizes com a humildade de sempre. Não sinto obrigação de nada, a não ser ser ético, transparente e o mais profissional possível nessas partilhas.

De resto, continuo a alimentar o Alma de Viajante com enorme prazer - no dia em que deixar de sentir esse prazer, encontrarei outra coisa para fazer.

 

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Foto: Filipe Morato Gomes (Myanmar)

 

Quais os maiores desafios de fazer uma volta ao mundo?

Na verdade, o mais difícil é tomar a decisão de ir. Viajar é muito mais fácil do que parece - basta desligar o botão “complicador” que todos temos dentro de nós.

 

Como surgiram os workshops de Escrita de Viagens?

Os workshops de Escrita de Viagens são uma forma de partilhar o gosto pela escrita, e ajudar outras pessoas que gostariam de publicar em revistas de viagens ou de criar (ou melhorar) o seu blog de viagens. Simultaneamente, são uma forma de diversificar as fontes de rendimento do Alma de Viajante.

 

Como organiza as suas viagens? Desde a escolha do destino, ao orçamento, etc.

Não tenho nenhum segredo especial, a não ser planear com alguma antecedência para conseguir comprar voos baratos.

Quanto a destinos, atualmente tento encontrar um equilíbrio entre destinos cujas dicas podem ser interessantes para os leitores com destinos mais “fora da caixa” que eu quero conhecer.

Quanto ao orçamento, continuo a viajar de forma independente e com custo controlado. As únicas coisas que mudaram são que agora tento evitar os dormitórios dos hostels e já me permito fazer refeições em restaurantes melhores com maior frequência.

 

Se tiver que eleger a sua viagem favorita, qual seria?

Por todo o simbolismo, por ter sido a mais transformadora das viagens, por ter contribuido decisivamente por tudo o que sou hoje, e por de facto me ter proportcionado das melhores experiências enquanto viajante, sem dúvida que a minha primeira volta ao mundo foi a viagem mais marcante que fiz até hoje. Até porque gosto de viagens longas e de viajar devagar!

 

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Foto: Filipe Morato Gomes (Esfahan - Irão)

 

Qual o destino que todos deviam visitar e recomenda a todos os seus amigos?

O Irão, onde já estive 21 vezes. Como escrevi uma vez, tem provavelmente “o povo mais hospitaleiro do mundo”.

 

Que conselho deixaria a quem pretende seguir um caminho na área dos blogs de viagens?

Foco, ética e persistência. Estudar muito (fotografia, vídeo, escrita, marketing, SEO, design, user experience, etc). Acreditar e não desistir (fundamentais para ultrapassar a frustração de trabalhar muito, muito tempo, sem aparente retrno ou resultados). Não ceder à tentação do dinheiro fácil (estar comprometido com os leitores, não com marcas ou parceiros). E, não menos importante, optar por criar um blog de nicho, diferenciador, por oposição a um genérico blog de viagens.

 

08.Jul.19

Entrevista Mia Vilaça: Blog by Mia

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Natural de Faro, Mariana Esteves Vilaça, mais conhecida por Mia, é a cara por de trás do blog by Mia, onde partilha não só looks, como também tudo o que esteja relacionado com gastronomia e viagens no Algarve.  

A Mia foi uma das vencedoras do passatempo "Ser Blogger" que decorreu no Link Bloggers Meeting e nesta entrevista partilha um pouco do seu percurso, a importância das redes sociais e ainda os desafios de ser blogger no Algarve!

 

Conte-nos mais sobre o by Mia. Como e quando surgiu?

Bem, o by Mia surgiu num contexto mais sério. Estava um bocado cansada do meu primeiro blog e na realidade já não me identificava nada com ele. Então pensei em começar de novo com algo mais “Eu”. Não gosto de mudanças mas de vez em quando fazem falta, então achei que precisava de algo mais profissional e algo onde gostava que as pessoas pesquisassem como forma de inspiração. A ideia é formar um blog mais virado para a gastronomia, viagens, alojamentos e tudo o que seja relacionado com isso. Um cantinho que as pessoas se lembrem de visitar quando querem ir jantar ou passear. E, sobretudo, mostrar as coisas boas e bonitas que o Algarve tem para oferecer.

 

Conte-nos um bocadinho mais sobre o seu primeiro blog. O que retira dessa primeira experiência na blogosfera?

O Confidential Closet surgiu em Outubro de 2015. E foi numa brincadeira, eu tinha terminado a minha licenciatura em Ciências da Comunicação e trabalhava a part-time  (à noite) numa loja, então tinha imenso tempo livre. A minha sobrinha, que na altura tinha 11 anos, sugeriu “tia, porque não crias um blog?”. E, assim foi. Ela sempre me ajudou nas fotografias, desde muito nova que gosta de fotografar, eu gostava de escrever e de criar looks então pronto. Fizemos ali um género de colaboração.

 

O seu percurso profissional teve alguma influência na criação do blog? Como?

Acho que posso afirmar que sim. Trabalhei quase 6 anos na Stradivarius, a maior parte deles como encarregada de loja e ali estamos sempre muito ligadas à moda. Em tempos escrevia semanalmente artigos de moda e lifestyle para a aplicação da Inditex (que tem o nome de INET). Todos dias lidava com roupa, artigos, inspirações, então de certa forma isso influenciou. Recebia roupa nova e já imaginava looks com ela, para as viagens que tipo de roupa deveria levar de forma a que conseguisse ter as fotografias que queria e por aí fora… O que mais gostava era quando as clientes me pediam ideias de looks, aí sim, podia dar asas à imaginação.

 

Qual a importância das redes sociais para o seu blog?

As redes sociais tem um papel crucial nisso! Quando comecei em 2015 o Instagram já era usado mas não era a febre que é hoje em dia. Acho que sem ele não conseguiria ter crescido tanto no mundo dos blogs e tudo mais. Antes pesquisávamos por blogs no google, comentávamos, éramos ativos, hoje em dia são poucas as pessoas que fazem isso. Assim, dedico mais tempo ao meu Instagram, sendo a rede social onde eu consigo ver algum retorno a nível de Feedback e interação com os seguidores. Mas quero alterar isso, vou voltar a estar mais ativa no blog porque os blogs ficam… O Instagram daqui a 4 anos será o que é hoje? Isso faz-me pensar…

Em relação ao facebook, no inicio ajudou muito mas agora sinto que não, há muito pouco público por lá e para ser sincera, até já me esqueço de partilhar o que quer que seja por lá. Sinto que de dia para dia vai desaparecendo.

 

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Quais são as vantagens e desvantagens de ser blogger em Faro?

Pergunta difícil… As vantagens são muitas, este clima perfeito, sítios lindos, uma vida mais calma sem o stress das grandes cidades… Aqui, como somos poucas neste ramo, o nosso trabalho acaba sempre por ser reconhecido pelas pessoas, pelos espaços e isso é bom. Apostarem em pessoas algarvias para promover coisas algarvias. A nível de desvantagens é mesmo o facto de as marcas não chegarem até cá, não apostarem em nós devido a estarmos longe. Em Lisboa certamente que conseguia ter mais conteúdo, há inúmeros eventos, sítios para visitar, todos dias há coisas novas.

 

Onde vai buscar inspiração para as publicações?

Procura muita inspiração em outras bloggers, sigo muita gente no Instagram que adoro o conteúdo e acabo também por ser influenciada. Passo horas no Pinterest… Mas normalmente penso primeiro no sítio que gostava de fotografar e só depois penso no Look! Em relação às viagens e escapadinhas, leio muito e pesquiso muito no google, visito sites e blogs de viagens. Gosto de visitar sítios diferentes aqui em Portugal que poucas pessoas vão. Adoro ir a herdades, ando sempre “a caça” de herdades novas para ir passar um fim de semana. Ir para sítios calmos cheios de natureza transmite-me muita inspiração.  E sinto que os meus seguidores gostam mais disso do que propriamente fotografias de moda e looks. As pessoas gostam de saber onde vou, onde estou, o que estou a comer, se fica longe, quanto custou… Sinto muito que sempre que estou fora o meu engagement sobe bastante. Daí ter querido redirecionar o meu blog para este meio.

 

Como vê o futuro os blogs no Algarve e em Portugal em geral?

É mais fácil responder como é que eu gostava que o futuro dos blogs fosse… Eu gostava que voltasse a ser um meio de pesquisa primário. Preferia que as pessoas fossem perder 10 minutos do seu tempo diário a ler os artigos que construímos, que as pessoas parassem de ler os títulos e acharem que a informação ficou por aí. Vêem a foto no instagram sobre o post no blog e já tiram o seu juízo de valor. No entanto, acho que não é isso que vai acontecer. Para as novas bloggers, como eu, é difícil entrar nesse mundo e acho que cada vez mais vai piorando. Ou marcamos muito pela diferença ou as pessoas já não ligam porque somos apenas mais uma.

O youtube vai reinar no futuro, as pessoas preferem ver e ouvir do que ler. Se o Instagram deixar de existir vai surgir outra App que irá ter a mesma função. Eu falo por mim, os blogs que eu visito há anos, estão nos meus favoritos e vou lá sempre ler as novidades, mas são pessoas que têm blogs ha 10 anos ou mais… Quem entra de novo é difícil descobrir e ai sim o Instagram tem um papel fundamental de nos dar a conhecer novas pessoas.

Assim sendo, perfeito seria o Instagram se unir ao mundo do blogs e de alguma forma compilarmos os dois mundos num só. Vamos ver o que o futuro nos reserva :)

 

Que conselho deixaria para futuros bloggers?

Consistência e persistência. Acho que isso é fundamental. Apesar das adversidades que possam existir, se é isto que queremos não devemos desistir.

É um trabalho difícil, ainda para mais para quem tem um trabalho a full time paralelo ao blog, mas eu acho que quem faz por gosto não cansa. Mais cedo ou mais tarde o universo tem algo bom reservado para aqueles que se esforçam para conseguir o que querem. Por isso, façam porque gostam e não porque querem dinheiro, porque se querem dinheiro podem ir simplesmente trabalhar. As pessoas que nos acompanham sentem quando as coisas são feitas genuinamente ou não. Sejam sinceros, autênticos e sobretudo humildes.

Isso são elementos chave para o sucesso… Depois, é só deixar a imaginação fluir :)