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Influenciadores

Dicas, partilha de experiências e best practices sobre blogging e influenciadores digitais

14.Nov.18

Irreverência na 3.ª edição dos BLOGS DO ANO

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Imagem: TVI 24

 

O Museu da eletricidade recebeu ontem à noite a terceira edição dos Blogs do Ano, uma iniciativa da Media Capital que premeia os melhores influenciadores digitais do ano. Nesta edição estavam nomeados mais de 60 projetos, divididos em 18 categorias.

 

Este ano, além das categorias de Revelação Vídeo do Ano, foi também eleita a melhor Campanha Com Influenciadores, cujo objetivo é "reconhecer, celebrar e galardoar o trabalho de agências, marcas e influenciadores no mundo digital" e, desta forma, "premiar a campanha de publicidade mais irreverente criada em Portugal nos últimos 12 meses." Nesta categoria não foi reconhecido apenas um projeto, mas sim 3, sendo que o ouro foi para a ONMI e Multi Portugal, com a campanha Blogger's Battle, a prata para a Wavemaker, com uma campanha com a Nivea e, por fim, o bronze para a Campanha MEO By, da OMD e Partners.

 

Uma vez mais felicitamos os vencedores e esperamos que continuem o bom trabalho no crescimento dos blogs, vlogs e redes sociais em Portugal.

 

Aqui estão todos os vencedores:

 

Blog do Ano - Abandonados

Culinária – Casal Mistério

Beleza – Inês Franco

Decoração – Oficina Poeiras

Desporto – Visão de Mercado 

Entretenimento – Eu, Cláudio

Família – Dias de uma Princesa

Inovação e Tecnologia – PPlware

Lifestyle – A Pipoca Mais Doce

Moda – Bárbara Inês

Negócios e Empreendedorismo – Poupa e Ganha

Política, Educação e Economia – Capazes

Viagens - Partimetravelers

Vlog Entretenimento -  Nuno Agonia

Vlog Moda e Beleza – Helena Coelho

Vlog Lifestyle – Catarina Filipe

Blog Revelação – Fake Blogger

Vídeo do Ano – Online Dance Company

Vlog do Ano - Pierre Zago

Campanha com influenciadores:

Ouro - Blogger's Battle

Prata - Nivea

Bronze - Campanha MEO By

 

06.Nov.18

Flash Tips com André Zeferino: Como tirar proveito dos dados para melhorar a sua performance em blogues e redes sociais

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Com uma larga experiência em  Analytics e Research, André Zeferino é o fundador e senior partner da Work Value Intelligence, uma consultora focada em Digital Analytics, Marketing intelligence e Customer insights. É ainda docente convidado em diversas universidades, autor do livro "Digital Marketing Analytics" e co-autor do "Marketing Digital para Empresas". 

 

Numa altura em que reinam os dados e a sua atenta análise é fulcral, pedimos ao André as suas melhores dicas sobre como tirar proveito dos dados para melhorar a sua performance em blogs e redes sociais. Confira todas as dicas:

 

O poder dos influenciadores, seja num contexto amplo de “influencer marketing” ou num ambiente concreto (“digital influencer”), reside na capacidade de gerar valor sobre os seus conteúdos em duas dimensões: Atencional e Confiança. Este valor é aplicado na construção e promoção da sua marca pessoal ou a favor de uma marca comercial, movimento cívico ou outras causas com maior ou menor impacto económico.


Observando especificamente a indústria da publicidade online, as marcas precisam de alternativas menos intrusivas e mais credíveis para difundir a sua comunicação. É neste patamar que os influenciadores têm vindo a ocupar espaço, através da exploração do Word of Mouth no ambiente social digital.

 

Um influenciador pode ter mais sucesso na conversão de um lead, face a outras iniciativas de follow-up, e ser determinante no processo de Lead Nurturing acelerando a tomada de decisão.


O volume de seguidores é um tema cada vez mais variável e dependente dos objectivos estratégicos inerentes. Se uma marca pretende actuar num segmento específico do mercado, ou até num nicho, irá ter mais probabilidade de sucesso se optar por um influenciador(a) com um grupo de seguidores relativamente reduzido mas com uma alta taxa de afinidade e proximidade dentro do “core” de cada marca.


Considerando todas estas premissas, o principal activo dos influenciadores é, obviamente, a sua audiência, na qual devem ser concentrados todos os esforços necessários à sua boa gestão. Para muitas opiniões, o facto do influenciador ter um comportamento genuíno dispensa outros critérios de avaliação porque é nesta particularidade que reside, por vezes, a base do seu sucesso, mas as audiências são pessoas com determinadas motivações e expectativas, que podem mudar o seu sentimento por inúmeras razões.


O influenciador deve estar atento a estes sinais, através de indicadores da sua performance, avaliando devidamente o impacto da sua própria “proposta de valor” (popularidade). É justamente nesta vertente que “entra em campo” a função Analytics, através de um conjunto de práticas destinadas a fornecer conhecimento para acções de melhoria contínua.
O uso dos dados pode “assustar” os influenciadores menos adeptos dos números, mas é fundamental perceber que as tendências ou evidências descobertas por esta via podem ajudar a identificar e a estimular novas ideias criativas e com isto produzir novos conteúdos para reter ou incrementar a sua audiência:


1. Assuma a função Analytics como indispensável: Se não tiver tempo para estudar a informação, ainda que em part-time ou dedicar-lhe algumas horas regulares, considere solicitar a colaboração externa de um profissional. Não deixe esta atribuição em mãos amadoras. Seja exigente e peça resultados quantificáveis. Se o fizer directamente estabeleça pequenas metas de aprendizagem (quick wins) até chegar a um nível de conforto na interpretação dos principais indicadores sobre a sua popularidade. Crie um simples dashboard com estes indicadores e acompanhe os seus sinais vitais: Variações de alcance e de interacção sem uma aparente justificação lógica da sua parte.

2. Torne o seu conteúdo rastreável: Configure tudo o que permita “ligar os pontos” (mecanismos de tracking) entre as suas iniciativas e a resposta dos seus seguidores, nomeadamente, parâmetros UTM, landing pages, hashtags, taggings e outros códigos de recolha de actividade (sessões, eventos, etc.). É imperativo que se certifique da importância de não “perder o fio à meada” na distribuição dos seus conteúdos.


3. Avalie a tipologia de tráfego gerado pela sua influência: Que pesquisas estão a ser feitas nos motores de busca que relacionam o seu conteúdo com o Search em contexto SEO? Que palavras-chave (keywords) mais caracterizam o seu posicionamento e estilo? É crítico avaliar se os temas que despertam o interesse da sua mensagem estão em linha com o que pretende para a sua própria estratégia.


4. Conheça muito bem os seus seguidores: Recordo que a sua audiência é o seu principal activo. Procure descobrir que perfis seguem os seus conteúdos (origem, afinidades e preferências). Se a autenticidade é o factor mais valorizado na performance de um influenciador, é um paradoxo o próprio não se certificar quem são os seus seguidores e se estes são autênticos (em tempo de bots, quem tem um click humano é rei).


5. Avalie pontos fortes e fracos da sua popularidade: Escute e dê voz à sua audiência. Por mais genuíno que seja o seu comportamento existem aspectos sujeitos a desgaste atencional. Faça pequenos surveys para auscultar opiniões e sentimentos de forma muito criativa que permita afinar a sua agenda (estilo, conceito, edição, planeamento, frequência, etc.).


6. Descubra quem são os seus sub-influenciadores (referrals): verifique quem amplifica mais as suas mensagens. Excelentes subinfluenciadores podem funcionar como alicerces da sua imagem e conceito. Nas diversas plataformas existem quase sempre determinados seguidores que estão presentes de forma muito proactiva (elevado nível de interacção).


7. Confirme quais são os seus melhores canais: Qual é o seu habitat natural? Que canais funcionam de forma excepcional na distribuição dos seus conteúdos, quer directamente, quer de forma assistida (earned media). Poderá concluir que a sua popularidade está dependente de várias plataformas (overlay) e quais os riscos sempre que alterar essa estrutura.