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Influenciadores

Dicas, partilha de experiências e best practices sobre blogging e influenciadores digitais

27.Set.18

Flash Tips com Tânia Areias, consultora de marketing digital integrado: Como construir uma comunidade fiel online

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Ter uma comunidade fiel e disponível para nos defender em qualquer adversidade ou momento menos positivo é o objetivo de qualquer marca. Mas uma comunidade fiel não se cria de um dia para o outro. Para o ajudar a perceber qual o melhor caminho para construir uma uma comunidade fiel online (e offline) convidamos Tânia Areias, consultora de marteking digital integrado. A Tânia é a fundadora e a marketing manager da Kiesing, uma consultora focada na PME's portuguesas e nos empreendedores, ajudando-os na integração da comunicação digital no seu dia-a-dia. Aqui ficam as dicas da Tânia:     

 

Todos procuramos a fórmula mágica para construir e incrementar relações de fidelidade no mundo online, criando verdadeiras comunidades de seguidores. Mas comecemos pelo início, o que é realmente uma comunidade online? Uma comunidade online não é simplesmente um grupo de seguidores de uma marca numa determinada rede social. É um conjunto de pessoas reais que - por partilharem o mesmo conjunto de valores, crenças ou comportamentos - escolhem um determinado produto ou serviço e têm algo a ganhar e a acrescentar na relação contínua com pessoas que, como eles, partilham essa experiência de compra e de consumo. Partindo desta premissa, quais são as principais dicas que pode colocar em prática para construir uma comunidade fiel online?

 

#Pensar de forma estratégica: Para uma marca construir uma comunidade, deve organizar estrategicamente toda a sua cultura (desde a visão até aos seus  procedimentos) à volta do conceito de servir  uma comunidade, e não apenas o seu departamento de marketing. Desta forma, o comportamento de todos os membros da empresa (desde a produção até às vendas) é orientado para servir a comunidade e não apenas para disponibilizar um produto ou serviço.

 

#Declarar as suas intenções: Para começar uma comunidade do zero (estando garantida a organização interna que suporta esta estratégia), nada tão bom como ser explícito sobre esse desejo. Em todos os conteúdos que partilha, nos produtos e serviços que vende, inclua comunicação sobre a importância da opinião dos clientes, incentive a partilha de experiência entre eles e crie práticas frequentes e formalizadas de feedback (e-mails, newsletters, rubricas de blog, etc.) . Se alimentar canais de comunicação online com estas táticas, a sua comunidade irá crescer organicamente à volta deste conceito de partilha e aprendizagem.

 

#Focar na relevância dos conteúdos: A relevância dos nossos conteúdos (desde um post numa das redes sociais até uma entrevista do nosso ceo na televisão) é a “matéria prima” que une a nossa comunidade. Os conteúdos devem ser relevantes, ou seja, capazes de refletir a estratégia de comunidade e potenciar os sentimentos de orgulho, de partilha, de pertença e de propósito dos seus membros. Cada vez que lançar uma peça de comunicação, pergunte-se: “Este conteúdo é relevante para a minha comunidade? De que forma estou a contribuir para reforçar os laços entre as pessoas desta comunidade de marca”?

 

#Fazer os seus membros brilhar: Faça periodicamente uma auto análise do ADN da marca, dos seus propósitos e da experiência de consumo dos seus clientes. Aproveite as várias fontes de feedback disponíveis (site, redes socias, reviews online, focus groups e pessoal de front office) e comunique, nas plataformas digitais, como é que os seus membros podem contribuir para melhorar a sua marca. Há alguma feature do seu produto que seja menos elogiada? Porque  não criar um concurso para que os membros da sua comunidade melhorem o seu produto? Há clientes que se destacam na defesa da sua marca? Porque não oferecer-lhes a experiência de um dia com capacidade de decisão nos bastidores da empresa?  Sejam quais forem as soluções de animação de comunidade encontradas, o que importa é ter como objetivo contribuir efetivamente para a melhoria da experiência de comunidade, reforçando o sentimento de pertença e de contribuição de cada membro para o grupo. Está efetivamente preparado/a para ouvir as opiniões dos  seus clientes? Recorde-se que a comunidade não pertence à sua marca, pertence aos seus membros. Se não estiver realmente disposto/a a receber feedback genuíno, descarte a possibilidade de uma estratégia de comunidade.

 

#Criar para múltiplas plataformas: Criatividade e coerência são a chave! Temos que conseguir transmitir a mesma mensagem relevante nas várias plataformas e nos formatos específicos de cada uma. Faça um exercício simples, por exemplo no Instagram: Crie uma storie sobre o sentimento de pertença da sua comunidade, em cada um dos 7 formatos. Conseguiu que os conteúdos fossem coerentes, mas aproveitando as potencialidades específicas de cada tipologia de formato (texto, imagem, vídeo e som)? Agora repita este  raciocínio para o seu site ou blog, para o Facebook, o LinkedIn, o Pinterest, o WhatsApp.... Desta forma vai ter um património de comunicação coerente mas, ao mesmo tempo, inovador e divertido.

 

#Integrar experiências offline: Quer clientes fiéis no mundo digital? Experimente promover um encontro anual entre a sua comunidade (um jantar, um concerto, um passeio em família). Olhe para si como o/a principal curador/a da sua comunidade, sendo a sua missão criar encontros genuínos entre os seus membros.

 

#Monitorizar e melhorar continuamente: Identifique e quantifique objetivos estratégicos e KPIs para medir a qualidade da sua comunidade. Por exemplo, o número de feedbacks francamente positivos, o número de recomendações, as taxas de participação em iniciativas da marca, etc. Monitorize os seus KPIs e intervenha no sentido de melhorar resultados, reforçando o sentido de pertença à sua comunidade e a capacidade de cada membro interagir, de forma lúdica, com a sua marca favorita.

 

17.Set.18

Entrevista Margarida Almeida e Cátia Dias do blog Style It Up: Da consultoria de imagem ao blog do ano

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O que acontece quando 2 amigas com interesses muito semelhantes decidem criar um blog e se dedicam afincadamente ao mesmo? O blog torna-se numa referência sendo pioneiro em muitas áreas. O Style It Up é um exemplo de sucesso na blogosfera nacional, assim como as suas autoras. Margarida Almeida foi a primeira blogger portuguesa a intergrar uma campanha de beleza a nível internacional e, 2013, em conjuto com Cátia Dias, co-autora do blog, criaram os Beauty Awards uma iniciativa pioneira que premeia as melhores lançamentos na beleza.   

 

Margarida Almeida e Cátia Dias nesta entrevista ao Influenciadores contam-nos um pouco mais sobre o blog, a sua inspiração e desafios, assim como deixam um conselho para os futuros bloggers e a sua opinião sobre o futuro dos blogs em Portugal. 

 

Falem-nos um pouco do início do Style It Up. Como e quando surgiu a ideia?

O Style it Up surgiu como uma empresa de Consultoria de Imagem e o blog surgiu mais tarde, com dicas de moda, beleza, etc. Foi na altura em que os blogs começaram a ficar conhecidos e o Style it Up, sem querer, passou a ser um blog, quando inicialmente era apenas uma plataforma onde partilhávamos sugestões e dicas com as nossas clientes de Consultoria de Imagem.

 

Quais são os maiores desafios de serem co-autoras de um blog?

Há sempre desafios, no nosso caso é sabermos encontrar o equilíbrio entre a partilha de conteúdos, tentamos organizar-nos de forma a não repetir conteúdos e, quando o fazemos, é porque temos uma visão um bocadinho diferente sobre o tema. A vantagem de sermos duas é podermos falar sobre a perspetiva de cada uma, já que temos personalidades e gostos diferentes.

 

Os vossos percursos académicos e profissionais contribuíram para complementar o blog?

Acho que sim, sou da área do Marketing (Margarida) e a Cátia era jornalista. A Cátia sempre teve uma perspetiva mais informativa, porque o trabalho dela assim o exigia e eu sempre fui mais prática, porque estava habituada a “desmistificar” os produtos para dar formação à força de vendas, agências, etc.

 

Qual é o segredo para tornar um hobby num projeto a tempo inteiro?

Não há uma fórmula, mas posso dizer que é fundamental gostar do que se faz e ter muita (muita mesmo!) dedicação, numa base diária.

 

Onde vão buscar inspiração para publicar diariamente?

As nossas leitoras colocam-nos questões diariamente, através do blog ou redes sociais, o que nos inspira para partilhar determinado tema ou dar dicas sobre outro; as conversas com as nossas amigas também são uma boa fonte de inspiração.

 

Como lidam com a exposição a que estão sujeitas, assim como a exposição dos vossos filhos?

Cada um partilha até onde lhe apetece. Cada uma de nós partilha até ao ponto em que se sente confortável com isso. Nada nos obriga a partilhar muito ou pouco, é uma questão do bom senso e da personalidade de cada uma.

 

O que mudou no blog depois da maternidade?

A maternidade não era um tema que fosse explorado no Style it Up, porque não o vivíamos de perto. Como partilhamos um pouco das nossa vidas, passou a fazer todo o sentido partilhar essa faceta, enquanto mães, com as nossas leitoras. É um tema que é muito bem aceite por todas as que nos lêem. Em termos de conteúdos, nada mudou, porque continuamos com a dedicação que já tínhamos antes de sermos mães.

 

O que significou a distinção do Style It Up como blog do ano na categoria Moda?

É sempre muito gratificante sermos premiadas pelo nosso trabalho e é sinal que as nossas leitoras gostam dos conteúdos de moda que partilhamos diariamente, das nossas dicas e sugestões. O blog existe porque temos essas leitoras que nos visitam diariamente e é importante para nós sabermos que o nosso trabalho as ajuda de alguma forma.

 

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 Imagem: Style It Up

 

Os Beauty Awards são uma iniciativa pioneira. Como surgiu a ideia e como foi recebida pelo público e pelas marcas que vos apoiam?

Já tínhamos pensado criar uma edição de Beauty Awards há algum tempo, há 5 anos decidimos que seria o momento perfeito. Na altura havia menos blogs e menos ainda que escrevessem sobre beleza. Se as revistas premiavam os melhores lançamentos, porque não um meio digital fazê-lo também? A iniciativa foi super bem aceite por todas as marcas, estamos agora a preparar a 6ª edição, que vai acontecer em 2019.

 

Quais são os vossos objetivos para o futuro do Style It Up?

Temos algumas ideias em mente, mas preferimos não partilhar para já. O que podemos dizer é que pretendemos continuar a ser um canal onde as leitoras se podem sentir em casa, com uma linguagem acessível e uma postura muito próxima de quem nos lê.

 

Como vêem o futuro dos blogs em Portugal?

Apesar das Redes Sociais estarem na ordem do dia, acredito que o futuro dos blogs não tem um fim próximo, assim como já se anunciou o fim das revistas impressas, todas continuamos a gostar de folhear revistas, certo? As pessoas vão continuar a gostar de seguir blogs, mas é preciso haver uma transparência maior entre o blogger – leitor. A publicidade encapotada, essa sim, vai ter os dias contados.

 

Que conselho deixariam a futuros bloggers?

Há sempre espaço para todos no mercado, especialmente para os que se dedicam, são transparentes com os seus leitores e fazem realmente porque gostam. Não criem um blog a pensar somente no retorno financeiro, porque rapidamente podem ter uma desilusão. Se criarem um blog com o objetivo de partilha, independentemente do tema, se forem honestos, consistentes e publicarem com regularidade com a vossa comunidade, não vejo porque não ter sucesso. Nota: o sucesso não chega de um dia para o outro! Se gostarem realmente de escrever num blog, não vão estar focados somente no número de seguidores ou nas parcerias que podem conseguir. Tudo leva o seu tempo.

 

11.Set.18

Instagram: Stories vs Feed

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Um estudo realizado em mais de 10 mil pessoas de vários países comprovou que o conteúdo consumido no feed e nas stories do Instagram é diferente, o que exige que a estratégia dos marketers e influenciadores para o Instagram seja pensada tendo em conta as diferenças entre stories e feed.

 

Mais de metade dos utilizadores do Instagram utiliza tanto as stories como o feed diariamente. No entanto, as stories ganharam particular entusiasmo para os utilizadores e 39% diz ter começado a ganhar interesse por uma marca ou produto depois de ver as suas stories, 47% afirma que as stories os ajuda a serem mais autênticos na comunicação com amigos e família e 44% sente-se interessado pelas stories porque os conteúdos desaparecem após 24 horas. 

 

As stories são vistas com o objetivo de aproximar as pessoas em tempo (quase) real e mostrar micro-momentos. São vistas como o sítio ideal para encontrar conteúdos divertidos e engraçados, assim como os bastiadores daquilo que aparece no feed. Para além disso incentivam uma interação imediata através das mensagens diretas. 

 

Por sua vez, o feed é mais utilzado para descobrir informações de produtos e marcas, o que não invalida o facto de verem os conteúdos das marcas nas stories. No feed os utilizadores procuram conteúdo inspiracional, visualmente apelativo e mais trabalhado.    

 

Mas quais as métricas que importam nas stories e no feed? Semanalmente é importante olhar para as estatísticas das suas publicações e analisar o conteúdo mais relavante e popular para a sua audiência. Aqui ficam as métricas mais importantes:

 

Métricas importantes para seguir no Feed

Impressões: representa o número total de vezes que as publicações foram visualizadas. 

Interações: representa o número de vezes que a publicação recebeu gostos, foi guardada e obteve comentários.

 

Métricas importantes para seguir nas Stories 

Reencaminhar: representa o número de toques para ver a foto ou vídeo seguinte da história.

Retroceder: representa o número de toques para ver a foto ou vídeo anterior da história. Esta métrica demonstra o entusiasmo dos seguidres já que quem volta para trás para ver novamente uma história é porque está muito interessado ou não conseguiu ver bem mas está curioso!